EM 'BARDO, FALSA CRÔNICA DE ALGUMAS VERDADES' (MÉXICO, 2022), O PREMIADO DIRETOR ALEJANDRO IÑÁRRITU TRAFEGA PELA HISTÓRIA DE SEU PAÍS E PELA PRÓPRIA BIOGRAFIA, CRIANDO UM ESPETÁCULO DE CORES E LIRISMO IMPACTANTE.
"NO MÉXICO, O POLÍTICO, O SOCIAL, O PRIVADO, O RELIGIOSO, A VIDA E A MORTE SÃO UMA COISA SÓ E EM CONSTANTE INTERAÇÃO", RESUME ELE.
NO FILME, SILVÉRIO (DANIEL GIMENEZ CACHO) É UM JORNALISTA BEM-SUCEDIDO, O PRIMEIRO LATINO-AMERICANO A RECEBER UMA IMPORTANTE HONRARIA NOS EUA, ONDE MORA. EM UMA VISITA À TERRA NATAL, É CELEBRADO POR ESSE FEITO.
HÁ CENAS ONÍRICAS DE UMA BELEZA E SIGNIFICADO PROFUNDOS. COMO A DP BEBÊ QUE PREFERE VOLTAR PRO ÚTERO MATERNO - A MORTE DO FILHO AO NASCER É REVELADA NUMA LINDA ANALOGIA COM O NASCIMENTO DAS TARTARUGUINHAS E SUA CORRIDA RUMO AO MAR.
OU A CENA DA PIRÂMIDE HUMANA QUE REPRESENTA AS FERIDAS DO GENOCÍDIO INDÍGENA PROMOVIDO PELA COLONIZAÇÃO ESPANHOLA. PARA NÓS, CONVENHAMOS, REMETE À UMA ALEGORIA DA SAPUCAÍ.
OU A CENA DA FESTA DE ANIVERSÁRIO DO ALTER EGO DO DIRETOR, ONDE DAVID BOWIE CANTA 'LET'S DANCE' À CAPELA.
O FILME, DISPONÍVEL NO NETFLIX, CONCORRIA À UMA INDICAÇÃO PARA OSCAR DE FILME ESTRANGEIRO MAS FOI PRETERIDO PELA ACADEMIA - CONCORRE APENAS AO OSCAR DE MELHOR FOTOGRAFIA.
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