terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
LIVRO: "DIGO E REPITO: GARUPA. NÃO TRASEIRO, NEM BUNDA, NEM NÁDEGAS NEM RABO, E SIM GARUPA."
"DIGO E REPITO: GARUPA. NÃO TRASEIRO, NEM BUNDA, NEM NÁDEGAS NEM RABO, E SIM GARUPA. PORQUE QUANDO 'O' CAVALGO, A SENSAÇÃO QUE ME ARREBATA É ESSA: A DE ESTAR SOBRE UM GARANHÃO MUSCULOSO E AVELUDADO, PURO NERVO E DOCILIDADE. É UMA GARUPA DURA E TALVEZ TÃO ENORME COMO DIZEM AS LENDAS..."
"QUANDO ORDENO QUE 'ELE' SE AJOELHE E BEIJE O TAPETE COM SUA TESTA, DE MANEIRA QUE EU POSSA EXAMINÁ-LA À VONTADE, O PRECIOSO OBJETO ALCANÇA O SEU MAIS FEITICEIRO VOLUME. CADA HEMISFÉRIO É UM PARAÍSO CARNAL; AMBOS, SEPARADOS POR UMA DELICADA FENDA DE PELO QUASE IMPERCEPTÍVEL QUE SE AFUNDA NO BOSQUE DE BRANCURAS, NEGRUMES E SEDOSIDADES EMBRIAGADORAS QUE COROAM AS FIRMES COLUNAS DE COXAS..."
"É DURA AO TATO E DOCE AOS LÁBIOS; VASTA NO ABRAÇO E CÁLIDA NAS NOITES FRIAS, UM TRAVESSEIRO MACIO PARA REPOUSAR A CABEÇA E UMA FONTE DE PRAZERES NO MOMENTO DO ASSALTO AMOROSO."
"PENETRÁ-LA NÃO É FÁCIL; ATÉ DOLOROSO, A PRINCÍPIO, E MESMO HERÓICO PELA RESISTÊNCIA QUE SUAS CARNES ROSADAS OPÕEM AO ATAQUE VIRIL. SÃO NECESSÁRIAS UMA VONTADE TENAZ E UMA VARA PROFUNDA E PERSEVERANTE, QUE NÃO ESMORECEM DIANTE DE NADA NEM DE NINGUÉM, COMO AS MINHAS"
(TRECHO DO LIVRO 'ELOGIO DA MADRASTA' (1988), DE MARIO VARGAS LLOSA, NO QUAL DOM RIGOBERTO SE REFERE À GARUPA DA MADRASTA - QUE BEM PODERIA SER UM PADRASTO OU UM ENTEADO...)
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