terça-feira, 5 de abril de 2016
ARTE: EXPO "HÉLIO OITICICA - ESTRUTURA CORPO COR" EM FORTALEZA
ART: EXPO "HÉLIO OITICICA STRUCTURE BODY COLOR" IN FORTALEZA
EM CARTAZ ATÉ O DIA 01/05 NO ESPAÇO CULTURAL AIRTON QUEIROZ, A EXPOSIÇÃO "HÉLIO OITICICA - ESTRUTURA CORPO COR" APRESENTA O LEGADO ARTÍSTICO DE UM DOS MAIS INFLUENTES NOMES DO MODERNISMO BRASILEIRO. SÃO 63 OBRAS QUE PROPÕEM UM PASSEIO POR MOMENTOS DA CARREIRA DO ARTISTA.
COM CURADORIA DO FILÓSOFO CELSO FAVARETTO E ESTUDIOSA PAULA BRAGA, A MOSTRA É BEM ABRAGENTE. VAI DESDE AS PRIMEIRAS EXPLORAÇÕES ESTÉTICAS COMO PINTOR, PASSANDO PELA ARTE CONCRETA DA DÉCADA DE 1950 E PELA FORMULAÇÃO DOS BÓLIDES (1963) ATÉ ALCANÇAR A FASE DE CAR´[ATER PREDOMINANTEMENTE SENSORIAL, QUE ENVOLVE O CORPO E INCITA O PÚBLICO A PARTICIPAR, COM PEÇAS E INSTALAÇÕES QUE SEGUEM ATÉ 1980.
SÃO ESSAS ÚLTIMAS AS ESTRELAS DA EXIBIÇÃO, INCIADA EM 26 DE JANEIRO. NOS RELEVOS ESPACIAIS, PARANGOLÉS E PENETRÁVEIS, O ARTISTA UNE SENTIDOS QUE EXTRAPOLAM A VISÃO. A COMEÇAR PELO MANUSEIO DO CONTEÚDO DOS BÓLIDES - PEQUENAS CAIXAS COM COMPARTIMENTOS SECRETOS E GAVETAS COM SURPRESAS.
JÁ OS PARANGOLÉS SÃO MUITO MAIS QUE APENAS UMA CAPA PARA SE VESTIR: AS OBRAS SÃO UMA EXTENSÃO DO CORPO DE QUEM AS VESTE, "COMO UM ÓRGÃO NOVO, CAPAZ DE CAPTAR PARA O CORPO, E EM CONJUNTO COM O CORPO, ALGO QUE O CORPO SOZINHO NÃO CAPTARIA" - REFLETE A CURADORA, EM ENSAIO NO CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO. É MESMO UMA EXPERIÊNCIA REVELADORA...
OUTRO SUCESSO DE PÚBLICO SÃO OS PENETRÁVEIS. OITICICA CRIOU ESPAÇOS E OBJETOS EM FORMA DE LABIRINTO NOS QUAIS O VISITANTE ENTRA E PODE, A PARTIR DAÍ, VIVER EXPERIÊNCIAS SENSORIAIS. COMO NO PENETRÁVEL 'MACALEIA' (1978), TRIBUTO AO MÚSICO JARDS MACALÉ.
OU NO INEBRIANTE 'GAL' (1969), LINDO NA SUA COMPOSIÇÃO DE FILAMENTOS DE PLÁSTICO AZUL, UMA HOMENAGEM À DIVA BAIANA COM QUEM O ARTISTA CHEGOU A MORAR E TRABALHAR - FEZ OS CENÁRIOS DE DOIS SHOWS MEMORÁVEIS: ' GAL NA BOATE SUCATA' E 'DEIXA SANGRAR'.
ESSE ARTISTA MULTIFACETADO TEVE, CONTUDO, UMA VIDA CURTA: MORREU AOS 42 ANOS VÍTIMA DE UM AVC. EXPLORADOR DOS LIMITES DA ARTE, QUERIA TRANSPOR FRONTEIRAS, TRABALHAR "COM AS COISAS DO MUNDO COM QUE DEPARO NAS RUAS, TERRENOS BALDIOS, CAMPOS, O MUNDO AMBIENTE, ENFIM", DISSE EM MEADOS DOS ANOS 60.
NESSA BUSCA, A COR ERA ELEMENTO DE CONCILIAÇÃO ENTRE O HOMEM E A NATUREZA. "QUE SE QUER COM A COR? AFIRMAR OU SE PERDER? APENAS VIVÊ-LA!". COMO SE VÊ, UMA EXPOSIÇÃO IMPERDÍVEL - PARA SER VIVENCIADA E SENTIDA. EXPLOREM-NA!
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